«Estrada Larga»
Francisco Ceia
Era uma vez…
Podia começar assim, com estas palavras brancas, que descobrem o sol da nossa infância, rompendo as sombras e os muros velhos, e contar-lhes,
Era uma vez no “ Forno de Cima “, ali na encosta antiga do Pragal, junto aos braços abertos do Cristo-Rei, que aquecíamos os corações, nas canções novas, nos poemas pintados de esperança, ou como os guindastes da Lisnave entravam cúmplices e solidários, pela janela escancarada do 5º andar em Almada, nas boas madrugadas, iluminadas de gaivotas, de Tejo e andarilhos das sete partidas…
Mas hoje apetece-me voltar a Toronto, à sala de embarque do seu aeroporto internacional, onde se cruzam diariamente milhares de pessoas de todos os continentes, de todas as cores e credos! Apetece-me voltar e…estás ali comigo Maria Rosa, esperando o pássaro que vai levar-nos de volta ao perfume da nossa terra.
De súbito, junto a uma das portas da enorme gare, uma inusitada agitação. Depois, abrindo clareiras à sua passagem, sereno, de braços abertos, chapéu velho e roto, com palha a sair pelos buracos, fato esfarrapado de mil cores, o Espanta-Pardais veio envolver-nos num abraço!
Por um instante, tudo à nossa volta parecia ter parado!
O Espanta-Pardais da peça que escreveste, e eu tinha levado à cena, com um grupo magnífico de pessoas da comunidade portuguesa de Toronto, trazia “palhinhas” do seu coração, para nos aconchegar os caminhos, na grande aventura da Estrada Larga…
Portalegre 20 de Outubro de 2004
Francisco Ceia
Era uma vez…
Podia começar assim, com estas palavras brancas, que descobrem o sol da nossa infância, rompendo as sombras e os muros velhos, e contar-lhes,
Era uma vez no “ Forno de Cima “, ali na encosta antiga do Pragal, junto aos braços abertos do Cristo-Rei, que aquecíamos os corações, nas canções novas, nos poemas pintados de esperança, ou como os guindastes da Lisnave entravam cúmplices e solidários, pela janela escancarada do 5º andar em Almada, nas boas madrugadas, iluminadas de gaivotas, de Tejo e andarilhos das sete partidas…
Mas hoje apetece-me voltar a Toronto, à sala de embarque do seu aeroporto internacional, onde se cruzam diariamente milhares de pessoas de todos os continentes, de todas as cores e credos! Apetece-me voltar e…estás ali comigo Maria Rosa, esperando o pássaro que vai levar-nos de volta ao perfume da nossa terra.
De súbito, junto a uma das portas da enorme gare, uma inusitada agitação. Depois, abrindo clareiras à sua passagem, sereno, de braços abertos, chapéu velho e roto, com palha a sair pelos buracos, fato esfarrapado de mil cores, o Espanta-Pardais veio envolver-nos num abraço!
Por um instante, tudo à nossa volta parecia ter parado!
O Espanta-Pardais da peça que escreveste, e eu tinha levado à cena, com um grupo magnífico de pessoas da comunidade portuguesa de Toronto, trazia “palhinhas” do seu coração, para nos aconchegar os caminhos, na grande aventura da Estrada Larga…
Portalegre 20 de Outubro de 2004
Francisco Ceia
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home