Maria Rosa Colaço: o regresso ao nosso Alentejo

Que fácil foi, depois da libertação, alguns que nunca se manifestaram contra o fascismo, nos tempos em que tantos se arriscaram, porem em questão a tua criação como pesquisadora do belo, na sala de aula! Como diria, certamente, um dos amigos que construíste, também escritor, de que, como povo nos orgulhamos, António Lobo Antunes: - Coitados!
Maria Rosa, fizemos AMIZADE há duas décadas, encontrámo-nos não muitas, mas as vezes suficientes para me teres, sempre, encantado com as palavras, a FRATERNIDADE, a ironia, a inteligência, a comida alentejana com que me "enchias" e ao AMIGO comum, como o referias, Sousa Pereira! Com ele te acompanhei um pouco (podia ter havido tempo para mais? Nunca, sinceramente, se faz tudo pelos que nos deixam; pensamos, creio, que são perenes). Até à leitura mais silenciosa que terias desejado, certamente, mas o pudor e o desgosto traíram-nos na altura de te deixarmos para voltares ao Torrão.
Maria Rosa, tu que foste o primeiro inventor de palavras para Rosa Mota, serás, apesar do que a maratonista deu ao país - e com o respeito que temos por ela -, a Rosa de Ouro que recordaremos, divulgaremos e cantaremos. O António (Sousa Pereira), eu, tantos portugueses e gente desta Europa que, apesar de dificuldades, prezará a cultura, a criança e a vida.
Manuela Fonseca, Outubro de 2004
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